terça-feira, 5 de janeiro de 2010

PAPAI, MAMÃE













“Papai e mamãe trocam olhares apaixonados enquanto seus filhos brincam, se divertem e depois de muita bagunça finalmente dormem. Depois de cobri-los com lençóis e beijos de boa noite, papai e mamãe se olham mais calorosamente, se beijam e após um brinde com um bom Chianti, adentram seu ninho de amor. Fade in.”

Essa cena só não estaria no roteiro de um filme dos anos 60 estrelado por Cary Grant e Doris Day porque papai e mamãe não são casados e as crianças são filhos ou de um ou de outro. Mas nem por isso é menos romântica. Pelo contrário, porque eles não moram juntos, são namorados. Vivem essa fantasia de família no final de semana.

Homens e mulheres separados e com filhos (normalmente de idade parecida) têm muito em comum no que se refere ao cotidiano, cuidados, preocupações com os filhotes, fazendo com que suas vidas se tornem parecidas. E isso pode não ser nada realmente importante numa relação a dois, mas aproxima bastante. Há trocas várias. E tem essa situação da cena acima que é no mínimo confortável. Você, ela e as crianças felizes, tudo ao mesmo tempo, debaixo do mesmo teto.

Já vi e vivi situações assim, e achei muito bacana. Volto a dizer, isso não é nada que pese realmente numa relação, mas é muito gostoso. Sem contar que mulheres com filhos já realizaram seu desejo e não vão ficar querendo outro tão cedo.

Antes que alguma mulher sem filho ache que estou sendo preconceituoso ou ache que estou recomendando que o pai solteiro deva namorar uma mãe solteira, conheço homens que, também na tentativa de buscar uma identificação com a namorada, procuram as que têm a idade de sua filha. O amor é o que importa. Desde que a moça seja maior de idade, né?

16 comentários:

Nina disse...

Oi,

legal seu texto!
Mas, hum... Eu tenho uma preocupação em apresentar namorado pra minha menina... Não quero que ela conheça vários "tios" que depois, desapareçam da vida dela. Afinal, ela tem só 5 anos.
Tive um só namorado depois que me separei, demorei meses para contar a ela, ela gostava muito dele. E ela anda não entende bem a ausência dele, agora que não estamos mais juntos, apesar das minhas explicações. Foi complicado lidar com a minha dor e com a dela, juntas.

bjo!

Aggeo Simões disse...

Depois que eu tenho certeza que estou gostando de alguém de verdade e sei que é recíproco, ou seja, lá pelos 2 meses de namoro, fica inevitável esse contato. Se não der certo, fazer o que? Acho legal termos cuidado, mas não podemos livrar ninguém, nem a nós mesmos das perdas. É a vida.

alexia disse...

É isso ai, o que vale mesmo é o AMOR; e as perdas.....a gente aprende com elas!
Um abraço.
Alexia

Cristina João disse...

Oi Aggeo,
Feliz 2010 pra você e sua filhota.
Adorei o post de hoje, e embora seja difícil acertar todas as situações, com amor tudo acaba dando certo. Acho que o principal é que estejamos felizes, amando e sendo amados e assim conseguimos ser PAIS e MÃES melhores, nossos filhotes, assim como nós, querem e precisam nos ver felizes. É nisso que eu acredito!
Beijos e passa lá no RECOMADRES.
Cris João
(www.recomadres.blogspot.com)

Anônimo disse...

Aggeo,
tenho lido seus textos. Uma delicia. Torco muito para viver a cena que vc contou. Quem sabe vc não tem um amigo bacana para me apresentar..rs..rs.
Abraços.
Ana

Anderson disse...

Eggeo,
Descobri seu blog hoje. Li ele inteiro e adorei tudo.
A história da minha separação é muito parecida com a sua e me identifiquei em cada post. Parabéns pelo excelente blog. Aparecerei sempre por aqui com certeza. Abr. Anderson

Lêda Maria disse...

O importante é sentimento :)

Feliz ano pra ti .

Noh Gomes disse...

Muito bacana o que vc disse, tenho uma filha de 1 ano e 5 meses, não estou com o pai dela desde os 6 meses de gravidez e hoje estou apaixonada e muito feliz, muita gente anda dizendo que ela ainda esta nova para que eu namore outra pessoa e coisas do tipo, não nego que minha vontade é de rir, pq tento imaginar o pq as pessoas acham que mães e pais solteiros morreram pra vida.

Bju

Anônimo disse...

Sensacional!

Tb tenho uma filha e ela conhece minha namorada, fico no mó dilema com este lance de apresentar ou não.....
ja apresentei e as duas se dão bem pra KCT.....se não vingar minha filha vai ter que saber tb.........
Jamais vou esconder ou não ser sincero com minha filha!

isa disse...

gostei muito do teu texto, é sempre bom vir aqui te ler!
beijo, e feliz 2010!

Taimemoinonplus disse...

Realmente é um senhor dilema...de qdo apresentar! Tb acho que as crianças tem menos anticorpos que a gente pra enfrentar as perdas...e as reviravoltas de um relacionamento.

Vc escolhe uns temas que nos fazem refletir, continue assim!

Neural disse...

muito legal seu blog, to linkando pra ele no post de hoje la no www.diariogravido.com.br
abs!

Aggeo Simões disse...

Oi Neural
Obrigado pelo link, achei bem legal seu blog também. É ótimo ouvir de papais apaixonados com os filhotes, como você e o Anderson.
E obrigado também às garotas mamães pelos comentários.

Tudo de bom pra todos.

*July* disse...

Adorei esse post, muito embora não tenha filhos e já tenha participado dessa relação de ser a "tia" querida, que acompanhava nos passeios, ajudava a fazer dormir, enfim... acho que o fato de ter um passado que gerou frutos em nada atrapalha o relacionamento, muito pelo contrário, só agrega!
Parabéns pelas reflexões... adorei!

Anônimo disse...

Cai por acaso aqui quando procurava algumas informações na internet.
Concordo contigo no que diz ser muito mais fácil relacionar com mães com filhos. Elas são muito mais idependentes e bem resolvidas. Eu sou pai também de três crianças, 2,5 e 7....Só uma mulher com filhos entende que meu tempo tem que ser dividido. Namoro uma mulher que tem 3 filhos também, demorei assumir que essa relação era perfeita, só temos um probleminha: temos que comprar urgentemente uma micro ônibus.....rs

Juliano Lima

Alexandra disse...

Hahahahah. . . to achando que vc tá namorando hein, ou está de olho em alguma colega no parquinho, né . . .

fui lendo e achando cada parágrafo mais engraçado que o outro, de modo que ele começou meio assim disfarçadinho, mas terminou muito engraçado de se ler, pelo menos para mim

ah, e boa dica, acho que passei a vida inteira ouvindo falar de Doris Day, mas ainda nao vi nenhum filme com ela. . .
bye

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