sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DE UM PAI SOLTEIRO PRA OUTRO: PATO DONALD.

Hoje estava relendo alguns gibis antigos, um dos itens do meu patrimônio mais cobiçados por Ava. Deitei-me na rede com uma pilha de revistas e comecei a viajar como não fazia há uns 30 anos. Carl Barks, o homem dos patos. O cara brilhante que inspirou a mim, Spielberg e George Lucas (tô bem acompanhado) e tantos outros. Suas histórias mais pareciam storyboards de cinema. A editora Abril lançou no Brasil, há poucos anos, a coleção completa de histórias da família Pato desenhadas por ele. Disney era a grife, o artista era Barks. Escrevia as histórias e as desenhava. Puta roteirista. Exímio desenhista. Apenas com o preto e o branco o cara desenhava paisagens lindas inspiradas nas fotos da revista National Geografic. Suas sombras são magistrais. Dar expressão e personalidades tão marcantes a patos não é fácil. Não é por outra coisa que o Donald é meu personagem preferido. O marinheiro é mais humano que muito candidato a presidente. Ele tem preguiça, ciúme, inveja, ódio, momentos brilhantes, tenta o sucesso tantas vezes quanto se frustra, ama, e é pai solteiro de três patinhos capetas (esse papo de tio já era). Foi a contragosto pra guerra. Tem tanto caráter que perdeu o lugar de símbolo americano pro Mickey, cagüete macartista.

O negócio é que o Donald queria ser bom pai, mas eram os patinhos que precisavam consertar suas bagunças. Davam-lhe, depois, lições de moral com o manual do escoteiro mirim em punho, comprovando que estavam certos. O Google é o novo manual dos escoteiros. Ele, que é sobrinho do pato mais rico e mais sovina do mundo, se submete às piores humilhações pra por comida em casa. Sente inveja e frustração quando o primo, apesar de incompetente, se dá melhor por pura sorte ou puxação de saco. Não sei se é vantagem ou desvantagem pra ele seus filhos não crescerem, ele curte o dobrado e também não tem problemas com idade. Admiro o caráter de alguém que, mesmo sendo pato, se aceita como é ao mesmo tempo em que tenta melhorar. Nunca vou esquecer dois desenhos animados (não sei se Barks é o roteirista, mas bem pode ser) em que Donald passa a falar com uma linda voz. Num deles, por conta de pílulas, ele vira um ótimo vendedor por causa da voz galante e, confiante, vai pedir a Margarida em casamento. No outro, depois de um vaso cair em sua cabeça, Donald tem amnésia e passa a cantar com a voz do Frank Sinatra. Fica rico e famoso, mas passa a tratar a namorada como uma estranha. Margarida faz de tudo para ser lembrada, mas sem sucesso e louca de amor, ela decide jogar outro vaso em sua cabeça para que ele volte ao normal. Em um momento se questiona: “O Donald de voz feia, pobre e azarado de sempre, mas que me ama, ou o Donald da bela voz que é amado por todos, admirado, rico e feliz, porém, que me despreza?” Era ela versus o mundo. E ela grita: “EU, EU, EEEEEEU!!!!” e lhe manda o vaso direto no coco.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

TRILOGIA DE SEPARAÇÕES FRUSTRADAS

1. ESPERANÇA
Esperança se separou quando poucos casais em sua cidade tinham a coragem de fazê-lo. Separou não, aliás, foi separada. De tanta certeza que o marido tinha de que ela nunca faria nada a respeito de suas infidelidades, um dia passou da conta. A filha e alguns vizinhos o viram agarrado a uma loura de short branco, dentro de um Puma sem capota, igualmente branco. Só restava à Esperança pedir o divórcio para recuperar a dignidade. Apesar de ele dizer que estava bêbado. Apesar da filha lhe culpar por ser tão séria e moralista. Era orgulhosa de que seus pecados confessados na missa das 11 de domingo se restringiam à sua preguiça pela manhã e a inveja de sua chefe, casada há 30 anos e aparentemente realizada. Crispa as mãos na altura do peito quando lhe bate qualquer desejo que lhe faça cócegas abaixo do umbigo . O marido (assim ainda o chama quando se refere a ele para estranhos) já havia casado duas vezes e estava para se separar de novo. Ele contava tudo, sempre, a ela, depois, tentando buscar sentido para aquela relação que sobrevivia apenas por conta da filha que amavam tanto. E a cada reclamação dele um tijolinho de felicidade reerguia dentro dela aquela ruína que já fora uma família. “Por isso nunca quis casar de novo, se não deu certo com você não daria certo com ninguém”. E ele, ignorando os óbvios duplos sentidos de todas as suas frases de consolo, discordava: “Não deu certo porque eu sou um idiota, você é uma mulher maravilhosa e devia tentar se apaixonar de novo”. Seguiu-se um beijo no rosto e o hasta la vista baby de sempre. Saiu, e como tem a chave, nunca precisou que ninguém o acompanhasse até a porta.
2. PIEDADE

Estava casada há 30 anos. Um dia acordou com a idéia de se separar do marido. A filha se casou, se separou, e agora estava morando com um brasileiro que era seu professor em Barcelona. É tão fácil para os jovens se separar, mas tão difícil para os velhos, pensou. Não mais para ela, que de súbito se sentia jovem de novo. Ainda tinha saudades da paixão, do sexo arfante, do coração disparado. Tudo aconteceu em menos de um mês. O marido pouco disse. Nem iria adiantar nada, ele sabia. Só argumentou que deveriam vender o apartamento em que moravam e a casinha em Lavras Novas para dividirem o dinheiro. Ela negou, disse que a casa na roça era a única coisa que ela queria. Iria alugar um quarto e sala na cidade e tudo ok, não precisaria mais que isso. Ele se prontificou a pagar seu aluguel já que ficaria com o imóvel que valia muito mais. Assim foi. Ela viajou horrores, bebeu, fumou, cheirou. Namorou jovens e velhos, se apaixonou, teve infecção urinária, teve o coração partido, esnobou cavalheiros. De vez em quando falava com o marido ao telefone, que lhe ligava em aniversários e réveillons e o encontrava em filas de cinema e shows. Tinham ou desenvolveram ao longo dos anos um gosto muito parecido para a arte. Quando fez 60, Piedade deu uma festa de arromba. Até a filha veio com o namorado de Barcelona. O ex foi, ficou menos de uma hora. Semanas depois Piedade foi visitá-lo. Parecia triste e doente. Depois de insistir muito, ela lhe arrancou a verdade. Depressão por conta de um câncer. Passava o dia todo deitado, estava aposentado por invalidez e terminou com a namorada para poupá-la do luto. Na semana seguinte Piedade muda de mala e cuia para sua antiga casa, também termina com seu namorado quinze anos mais moço e passa a tratar o ex, em vez de Roberto, por “meu amor”.
3. GRAÇA

A arquitetura em espelho do apartamento, projetado originalmente para um casal com dois filhos adolescentes, foi um grande argumento. Mas o mais provável é que ambas estivessem pensando a mesma coisa há tempos. A obra foi rápida: uma parede cortando ao meio sala, cozinha e área. Cansavam de repetir a amigos e visitas que não era nada demais, elas se viam apenas quando ambas queriam o contato e só, gostavam do bairro, do prédio, e metade do apartamento era suficiente para uma pessoa. No elevador não se limitavam a bomdias e boanoites. Quase 10 anos de convivência juntando amizade, namoro e casamento lhes permitiam ir além sem maiores arrependimentos. Trocavam receitas e ingredientes. Davam carona uma pra outra. Chegaram a sair juntas com suas novas companhias mas não deu muito certo. ”Foi demais para as pobres cabecinhas delas!”, riram muito depois. Uma era filha única e a outra filha bastarda de um bem sucedido empresário da construção civil. Depois de alguns anos passaram a se apresentar como irmãs e não tiveram mais problemas com ciúmes. Até que conheceram Graça. Se apaixonaram instantaneamente e violentamente por aquela ruiva de gestos contidos e sorriso mágico. Graça, depois de freqüentar os aposentos de ambas, ordenou que derrubassem aquela parede que lhe lembrava o muro de Berlim. Não foi atendida. No entanto, abriram uma porta na área de serviço, e deram-lhe, dentro de uma caixinha com um lacinho, a única chave, no dia de seu aniversário.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AGORA É LEI: MANIPULAR CRIANÇA OU ADOLESCENTE CONTRA SEU GENITOR GERA PUNIÇÃO

O presidente Lula sancionou dia 26 de agosto, com dois vetos, o projeto de lei da alienação parental (o qual visa proteger a criança ou adolescente).

Sugestão de post: Gustavo Piveta

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PATOLOGIAS PÓS SEPARAÇÃO



SÍNDROME DE MADASTRA MALVADA

Acomete aquela linda mulher, que antes de se casar, e principalmente, antes de engravidar, adorava e tratava muito bem os filhos do primeiro casamento do marido, mas depois de parir o seu próprio rebento, passa a tratá-los como se fossem avatares da mãe deles. Acaba afastando o pai da convivência com as crianças por simples capricho e egoísmo. Talvez medo de dividir bens materiais e atenção.


SÍNDROME DE BABUÍNO

Normalmente acomete aquele cara legal e moderno, que teve várias namoradas depois de separado, trata super bem a ex-esposa e os filhos até o dia em que vê que a ex está realmente e finalmente gostando de alguém pra valer. Daí ele desanda a atrasar a pensão, some do mapa por dias, fica agressivo e acaba por tentar se reconciliar a qualquer custo. Normalmente diz que nunca amou alguém de verdade, fora ela (a ex).


COMPLEXO DE MEDÉIA

Acomete algumas mulheres cujo ex-marido está em vias de se casar de novo. Ela passa a hostilizá-lo e a dificultar o contato dele com os filhos. Com medo de perdê-lo definitivamente ela usa as crianças como moeda de troca para sua atenção. Cega de ciúme, não vê que prejudica os filhos em nome de sua vingança. Acusa sem justificativa a atual companheira do ex de falsa e sem-vergonha, podendo chegar a tratá-la por piranha e vadia.



COMPLEXO DE WALLY

Alguns homens que se separam sofrem do complexo de Wally por algum tempo. Simplesmente somem. Querem mostrar para si e para todos que estão se dando bem sozinhos. Ou tentam demonstrar mágoa ou vingança com sua ausência e acabam por praticamente esquecer que tinham família. Infelizmente quem sofre mais com isso são os filhos. Acham que o pai deixou de gostar deles e se sentem culpados por isso. Anos depois, esses pais fujões tentam se reaproximar dos filhos. E alguns conseguem ser bem sucedidos na retomada da carreira de pai.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

DICAS DE PAIS BLOGUEIROS: REVISTA CRESCER DE AGOSTO

Eu e Ava estamos na revista crescer de agosto!

PAI - EFEITOS COLATERAIS


Dia desses, frio, eu me peguei incomodado com a linda secretária que estava de blusa de alcinha e se encolhia no canto da sala. Cedi meu casaco a ela. E fiquei com frio por algumas horas até que me acostumei. Enquanto meu corpo se adaptava ao ar condicionado, culpei os meus quarenta anos por me comover tanto por moças de vinte e seus encantos.

Na rua, encontrei com um amigo, assumidamente boêmio, e insisti para que ele comesse alguma coisa entre uma cerveja e outra.

Incerta quanto a sua vida profissional, minha namorada ouve de mim conselhos intermináveis sobre qualificação e seriedade na profissão seja ela qual for.

Outro dia, uma raiva súbita me possuiu ao ser abordado por uma senhora pedindo esmola com um bebê no colo. Estava fazendo muito frio.

E passando pelo drive-thru de uma famosa lanchonete, vi um casal magrinho com duas crianças obesas se empanturrando de batatas fritas. Incômodo enorme.

Daí tive uma epifania. E fiz as pazes com meus quarenta anos, não era nada disso.

Com a ocitocina em alta (ver post anterior) e acostumado a repetir os procedimentos paternos, acabo por ter um comportamento paternal mesmo com pessoas adultas e responsáveis por si mesmas. Além de desgastante pra mim, deve ser chato pras pessoas que me cercam.

Estou tentando me policiar. Mesmo minha filha acha ruim quando insisto para que tome banho, escove os dentes, coma bem, durma na hora certa. Eu mesmo odeio quando meus pais me dão conselhos. Mas há alguns momentos em que não consigo ficar de boca fechada. Daí a culpa é da minha chatice inata mesmo.

domingo, 22 de agosto de 2010

VACINAÇÃO

Não conseguiu vacinar seu filho? A vacina contra a paralisia infantil ainda está disponível em toda a rede pública do país. Vá ao posto de saúde mais próximo e imunize todas as crianças menores de cinco anos. A poliomielite é uma doença grave e não existe no Brasil desde 1989. Vamos ajudar a mantê-la longe das nossas casas!

Mais informações: comunicacao@saude.gov.br ou http://www.formspring.me/minsaude

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SER PAI, SER FILHA



Ser pai de uma menininha é:

. Saber que Barbie é mais sobrenome de boneca do que nome

. Fazer um curso básico de maquiagem

. Entender que a obsessão feminina por roupas e sapatos é inata.

. Saber os diferentes nomes do rosa

. Entender que as mulheres simplesmente não conseguem não seduzir

. Receber beijos carinhosos e abraços apertados sem nenhum motivo

. Começar a misturar as histórias da Branca de Neve e da Bela Adormecida

. Ser careca e ler tudo sobre cabelos cacheados.

. Encontrar bilhetinhos lindos embaixo do travesseiro e adesivos de coração grudados na TV.


Ser menina criada (também) pelo pai é:

. Amar seu time e saber de cor o hino

. Saber usar o computador e o celular desde bem cedo

. Levar revistas em quadrinhos pro banheiro e ficar lá quase meia hora

. Saber se divertir sozinha

. Saber desde sempre que gritar não é a melhor maneira de se comunicar

. Descobrir bem cedo a diferença entre meninos e meninas

. Entender que cerveja é a batata-frita dos adultos

. Não entender porque o pai, sendo careca, tem na gaveta do criado um gel.

. Saber que, existe sim, hora pra bagunça

domingo, 11 de julho de 2010

OS NOMES DO ROSA


"- Quero esse casaco cor de rosa, papai, e essa saia pink. Essa meia rosa choque listrada também. A calcinha da moranguinho e essa blusinha rosa bebê. Não são lindas?"

Ava já tem seis e a onda rosa não acaba, nem ao menos diminui. Eu nunca tive nada contra o rosa. Principalmente o rosa clarinho, bebê. Tenho algumas camisas sociais com essa cor que compõe muito bem com ternos escuros e claros. Mas depois de ser pai de uma menininha passei a ter overdose diária de rosa.

Desde cedo me interesso por misturas de cores. O domínio do universo cromático é importantíssimo para qualquer artista plástico. Daí minha indignação, não com a preferência por uma cor, mas pelo desprezo pelas outras.

Fomos eu e Ava ao shopping comprar roupas de frio essa semana, quando se deu a fala que abre esse post. Depois de discorrer até com certa prolixidade sobre a importância e a utilidade de todas as cores, chegamos a um acordo. Ela iria abrir mão do rosa em metade das roupas. Claro que essas cores alternativas acabaram sendo o roxo, o vermelho, o carmim, o lilás. Mas já era um avanço, pensei eu. Só não contava com sua contra-proposta. Eu teria que comprar algo rosa para mim. E não podia ser rosa bebê, pois eu já tinha.

Topei, achei justo. Para meu alívio estava certo que não iria encontrar nada numa loja masculina que fosse pink ou cor parecida. E assim foi. Ava ficou decepcionada. E de certa forma eu também. Queria cumprir o trato.

No dia seguinte ela se lembrou do cachecol pink que ela ganhou e imediatamente me deu de presente. E não é que ficou bom? Saímos juntos à noite felizes, desfilando nossas roupas e até ganhamos alguns elogios de estranhas. Todas as cores são lindas mesmo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

DICA LITERÁRIA - TÂNIA ZAGURY

Tive a sorte de conhecer pessoalmente a psicopedagoga e escritora Tânia Zagury numa mesa redonda da qual participamos juntos na Bienal do Livro de BH, mês passado. Inteligente, coerente, uma profissional séria e respeitada. Seus livros são traduzidos para várias línguas e alguns tem vendagens enormes. Estou lendo a Gênese da Ética. E quero ler todos agora. Indico para todos que tem filhos. Graças a ela eu parei de dar beliscões corretivos na minha pequena. Ela me convenceu com pura razoabilidade de que a coação física não é o melhor caminho para educar.


E ela ainda tem livros infantis, dentre eles "O Desmaio do Beija-Flor", que é lindo.

sábado, 26 de junho de 2010

10 DICAS DE UM PAI SOLTEIRO

Essas dicas me foram pedidas por uma jornalista. Acho que é meio que um resumo do blog.

. Para pais separados, não se refira à sua casa como sendo a casa do papai. Sempre como sendo a casa da criança e do papai. O mesmo vale para a casa da mãe. É da criança e da mamãe.

. Se tiver mais de quarenta, nunca contrate babás novinhas e gostosas. Se você for separado ou vira tortura ou confusão. Daí é problema na certa. Se for casado, pode levar um cascudo da patroa da primeira vez que ela lhe flagrar dando uma olhadela. Da segunda vez é rua pra coitada, que, mesmo sendo boa profissional, vai levar a culpa.

. Faça uma hortinha de ervas na área de sua casa ou apartamento, em jardineiras. Além de serem úteis na cozinha, estimulam as crianças a cuidarem de plantas. Manjericão, alecrim, erva-cidreira, sálvia, orégano e tomilho são bem fáceis de cultivar e tem aromas deliciosos. Minha filha fica toda feliz quando usamos em nossas pizzas o manjericão que ela ajudou a plantar e cuidar.

. Sempre confie no “sexto sentido” feminino, seja de sua mãe, mulher, ex, namorada ou filha.

. Ande sempre com uma caneta e uma dessas revistas de palavras cruzadas e outros jogos pra crianças no porta-luvas do carro. São bem mais estimulantes e inteligentes que joguinhos eletrônicos ou DVD’s portáteis e entretém do mesmo jeito. Dá pra você ver um jogo de futebol num bar com seu filho ou filha do lado numa boa. E permite alguma interação entre vocês.

. Se não der para aparecer no dia que você combinou com sua criança, ou se está muito atrasado, ligue e peça desculpas. Prova que isso não é a regra e sim a exceção.

. Engula todos os sapos possíveis e imploda os barracos que possam acontecer na frente de sua criança. Autocontrole se aprende em casa.

. Se você é pai solteiro não misture as coisas. Na hora em que você estiver com sua cria seja um adulto responsável. Quando não estiver seja o adolescente tardio que a gente adora ser. Viva os anos oitenta.

. Educar é amar. Aquele que não educa, corrige, castiga, ou é preguiçoso demais ou só pensa em si. É desgastante ter que parar o que se está fazendo para chamar a atenção de filho e é doído aplicar-lhe castigos. É difícil em determinados momentos ter que pensar em como falar tal coisa para que a mensagem gere atenção e seja entendida. Mas só fazendo isso você cria a ética do futuro adulto.

. Manifestações de carinho, presença e atenção para com os filhos são sim, provas de amor. Passeios de bicicleta, caminhadas no mato, viagens, piqueniques, geram laços eternos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

FILHO, EU?


Desde que me separei meus ouvidos buscam histórias e casos de quem também passou por essa doída experiência. Uma delas foi a de um casal que estava há um mês separado (com filho de quatro anos à época) e que eu encontrei ora com um, ora com outro, na mesma noite, em lugares diferentes da cidade. Ela foi a primeira. Entre os papos de sempre, me disse que pra ficar por uma noite não faltava homem, mas eles evitam namorar com mães, pois elas têm menos disponibilidade para se divertir e menos flexibilidade para topar programas de última hora, entre outras coisas. Concordei parcialmente. Quando existe um sentimento forte por alguém se dá um jeito. A família ajuda, o cara topa uns programas infantis. Amor é um motor e tanto para o entendimento. E aproveitei para plantar a sementinha da guarda compartilhada na cabeça dela, que tinha horror de deixar o filho com o ex-marido por julgá-lo avoado demais.

Horas depois estava eu com ele, o ex-marido, numa dessas ótimas coincidências. Ele estava acompanhado. Aproveitando a hora em que a moça foi ao banheiro ele me disse sorrindo que estava no paraíso, pegando mulher pra caramba, todas lindas, não se interessava muito por nenhuma, algumas nem guardava o nome ou telefone. Estava amando a liberdade pós-separação. A outra face da mesma moeda. Eu perguntei a ele sobre seu filho e ele disse que gostaria de ficar mais com ele do que ficava, mas a ex não confiava muito em suas habilidades de pai. Comecei a falar de como essa confiança pode acontecer gradativamente, tanto na medida da experiência dele quanto no fato de que a criança cresce e fica menos dependente da mãe e a mãe dela. Não percebi que já chegara do banheiro a garota do meu amigo. “Você tem filho?” - disse a mocinha com ar de indignada. “Tenho, por quê?” – respondeu ele. Nessa hora saí de fininho com um sorriso amarelo que significava um pedido de desculpas. Ninguém precisa falar de filho para uma ficante na primeira noite. Mais uma vez, homens e mulheres estão em pé de igualdade.

Isso faz 3 anos. Hoje eles dividem a guarda (o garoto tem sete) e estão felizes namorando pessoas legais.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

PATOLOGIAS DA VIDA MODERNA

COMPLEXO DE JOÃO E MARIA

Acomete os homens e mulheres que, estando em uma relação já desgastada, sem desejo e cumplicidade, não se separam de tanto apego que tem pela casa, pelo lar, pelos filhos, pelo cotidiano em família. Viram um casal de irmãos. Muito comum engordarem bastante, pois trocam prazeres de várias naturezas pelo prazer gastronômico. Quando tentam tirar a aliança, ela simplesmente não sai mais.

COMPLEXO DE BENJAMIN BUTTON

Acomete homens e mulheres que, depois de um longo relacionamento, se vêem de novo solteiros e disponíveis. Constatando que era mais fácil no passado conseguir companhia, esses indivíduos começam a se comportar de forma anacrônica, usando gírias defasadas, roubando para si roupas de seus filhos ou filhas e fazendo várias cirurgias estéticas. Algumas mulheres chegam a negar que sejam mães de suas filhas, e homens que antes iam chateados buscar seus filhos e filhas em festas, passam a entrar no recinto para dar uma circulada.

SÍNDROME DE HIPOTENUSA

Casais que tem história, ainda se gostam, mas sentem o peso do cotidiano em sua vida sexual são os que mais sofrem essa síndrome. Viram catetos à caça da hipotenusa que lhes mostre um ângulo menos reto. Tão logo se satisfazem, passam a ser um círculo perfeito e tratam a outrora desejada hipotenusa (codinome Tabatha ou Vanusa) como uma ameaça a sua felicidade.

NO WI-FI FOBIA

Medo de não encontrar rede wi-fi disponível e ter que passar mais de meia hora sem checar o email, twitar, blogar, entrar no Facebook, teclar no msn. Uma cena que era antes comum, a do pedinte que adentra estabelecimentos comerciais pedindo água, dinheiro ou comida foi substituída por outra: pessoas com seus celulares ou netbooks nas mãos trêmulas e com rostos distorcidos pela ansiedade, adentrando casas e comércios pedindo-lhes a senha de sua rede local.

sábado, 15 de maio de 2010

INVENÇÕES QUE TORNARIAM NOSSA VIDA MAIS FÁCIL



COBERTOR TÉRMICO NANOCINÉTICO


Você já deve ter acordado no meio da noite e, passando pelo quarto de seu filho, o viu encolhido de frio num canto da cama e seu cobertor no chão.

Para as crianças que durante o agitado sono se livram do cobertor, mesmo numa noite fria de inverno, criamos o Cobertor Térmico Nanocinético.

Além de ter aquecimento elétrico alimentado apenas por 4 pilhas AAA, o Cobertor Térmico Nanocinético, desenvolvido com nanotecnologia, tem nano-robôs entremeados em seu tecido, que detectam e se movem em direção à fonte de calor, cobrindo a criança. Não importa quantas vezes e quão longe a criança o jogue. O Cobertor Térmico Nanocinético volta para a cama e a cobre novamente. Diga adeus às gripes de inverno.

Peça o seu Cobertor Térmico Nanocinético nas melhores casas do ramo.


COLHER/GARFO VOADOR "AVIÃOZINHO"

Se você come comida fria todo dia porque precisa alimentar antes a sua criança, que não come direito quando o faz sozinha, você precisa ter a Colher/garfo voador Aviãozinho. Criada por engenheiros e designers da NASA, ela voa de verdade. E obedece a comandos de voz. Você diz: “arroz” e ela vai até o montinho de arroz e deposita na boca da criança, que se alimenta ao mesmo tempo em que se diverte. Ligada no modo camuflagem, você diz “Quiabo” e a Colher/garfo voador Aviãozinho recolhe no prato, além de quiabo, outro alimento mais querido pelos pequenos, como uma batata frita, e a coloca por cima do quiabo, enganando carinhosamente a criança. Colocada no modo acrobacia, a Colher/garfo voador Aviãozinho dá voltas em cima da mesa, desviando-se do lustre, antes de atingir o seu objetivo final: a linda boquinha de seu filho ou filha. Isso sem deixar cair um grão de feijão. Sua tecnologia é confidencial. Disponível nas cores rosa, azul e também prata, que compõe muito bem com seu faqueiro.


DVD INDUTOR DO SONO GOOD DREAMS

Com o DVD Indutor do Sono Good Dreams a sua vida será bem mais fácil. Basta por em seu aparelho de DVD e apertar a tecla play que em cinco minutos a sua anjinha estará dormindinha com um sorriso nos lábios. O DVD Indutor do Sono Good Dreams tem, editado de maneira subliminar, bocejos e espreguiçadas de personagens famosos, da Bela Adormecida à Branca de Neve, passando pelo Homem Aranha e Wolverine. Mas não é só isso. Um zumbido pulsante ultra sônico, inaudível para o ouvido humano, causa um efeito relaxante nas crianças, induzindo-as ao sono imediato.

Disponível nos títulos: O castelo de sonhos (meninas) e Programado para Apagar (meninos).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ABERTO PRA BALANÇO


Relendo o blog inteiro essa noite eu me lembrei que comecei a escrever o manual por conta da quantidade enorme de pais que mal vêem os filhos. Não para me gabar de ser diferente, mas para mostrar aos medrosos papais que não existe nada demais em criar seus filhos. Como tudo, exige vontade, algum sacrifício, mas depois de algum tempo começa a ficar bem mais tranqüilo. Eu mesmo tive muito medo no começo. Mas quando a gente descobre que até isso se aprende, que não precisamos necessariamente abdicar de nada em nossas vidas, talvez apenas mudar as coisas de lugar, e passamos a conviver com esses seres lindos que são parte de nós, descobrimos que é realmente o melhor dos dois mundos.

Quando eu e a mãe de minha filha optamos pela guarda compartilhada a idéia nos pareceu boa por vários motivos. Ava teria convivência e o carinho constante de ambos e tanto a mãe quanto eu teríamos nosso tempo com ela e tempo para nos dedicarmos às nossas coisas, trabalho incluso. Mas agora vejo que as vantagens são muito maiores do que isso.

Tanto eu quanto a mãe temos uma cumplicidade enorme com ela, ao ponto dela nos contar suas aventuras, desassossegos e dúvidas, sem distinção; não temos ciúmes da convivência dela com o namorado do outro porque firmamos nossa presença e nosso papel é bem claro na cabecinha dela; exercitamos nossa comunicação nesses quatro anos (Ava acabou de fazer 6) e agora esse know how faz com que não tenhamos mais ruídos; Ava continua sendo uma menina feliz e saudável e não demonstra qualquer dificuldade em assimilar nossa realidade; na prática deu certo até agora termos duas realidades: a de pais e a de solteiros; dividimos as despesas igualmente mas no caso de um estar em maior vantagem financeira que o outro este assume as despesas por um tempo.

Não quero fazer parecer que nossa relação seja perfeita. Existem estresses de várias naturezas e intensidades. Mas são passageiros. Quando se está junto acho que mágoas sobrevivem até mais do que quando estamos separados. E para o bem dos pequenos devemos engolir sapos e implodir barracos.

Me considero um homem bem mais compreensivo com as mulheres depois que virei pai de uma. Mas tento a todo custo fazer com que minha filha fale em vez de gritar e que me retorne a compreensão com palavras em vez de choro. Uma mulher emocionalmente estável seria a perfeição.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

DE UM PAI SOLTEIRO PRA OUTRO: MEU PAIZÃO

Além da Priscila, que nos ajuda três vezes por semana aqui em casa e nem lê mais aquela listinha de afazeres que eu já postei por aqui, tenho a sorte de ter um paizão que vem cá pra casa ficar com Ava toda vez que preciso sair à noite estando com ela. Além de pegar e levar a petita na escola quando não posso, topar as brincadeiras mais cansativas, ter um know how de fazer cabaninhas como nenhum outro e ser aquele vô coruja que tira fotos e conta histórias, meu velho pai é um violonista de mão cheia que acompanha a neta quando ela quer soltar a voz. A última música que Ava aprendeu foi Caminho das Águas, de Rodrigo Maranhão, interpretada por Maria Rita. Há alguns dias vi os dois ensaiando e fiquei muito emocionado. Só nesse dia, vendo sua disponibilidade, dedicação e carinho, foi que me lembrei que meu pai se separou da mamãe há vinte anos, teve algumas namoradas, mas continua pai solteiro como eu. Ele é a primeira pessoa que ligo quando preciso de ajuda. Algumas babás são super competentes e carinhosas, mas ter a companhia de família nos momentos em que não estão com os pais é ótimo para o amadurecimento cultural, intelectual e afetivo das crianças. Ava também adora ficar com a Priscila quando tenho que sair de manhã. Ela já está conosco há dois anos e tem um carinho e uma facilidade enorme para se relacionar com a petita. Mas devo a meu pai a tranqüilidade de sair para trabalhar ou me divertir quando deixo os dois cantando juntos e vou ouvindo até sair pela garagem o som de risos, seu violão e a voz de minha filha. Dá até pena sair.



terça-feira, 20 de abril de 2010

LUNA, AVA E EU


Onipresente, onisciente e onívora. Nossa cachorrinha, Luna, uma shitsu carinhosa e tranqüila, está sempre ao nosso lado, sabe minutos antes quando alguma pessoa irá chegar em nossa casa ou se vamos sair, e come tudo que cai no chão. Desde que mudamos para um apartamento com área a Luna está conosco. Chegou já com nome e com um ano de idade, presente de um primo que se separou e não queria uma lembrança tão viva do extinto casamento. Ela é a amiguinha de Ava e minha companhia quando estou sozinho e carente. Não late, só quando eu digo a palavra “passear” e é linda. Foi pura sorte. Essa raça é uma benção. Já comentei que minha filha faz dela gato e sapato e ela nunca nem rosnou. Mas ultimamente tenho usado a Luna para fazer Ava entender que os animais merecem respeito como os humanos. Que eles também tem sua dignidade e que devemos cuidar de sua integridade principalmente quando nos dispomos a adotá-los. E que da mesma forma que as crianças, precisamos educá-los com carinho e amor. Mesmo que ela tenha comido a cabeça da boneca nova ou a capa de um disco antigo do Frank Sinatra. Mesmo que seja a maior devoradora de preservativos e meias. A culpa é nossa por deixarmos coisas ao alcance dela. Nossa cachorrinha faz nossa vida melhor. Luna, Ava e eu somos uma família feliz.

terça-feira, 6 de abril de 2010

COLUNA PARA A REVISTA GLOSS 31 - ABRIL DE 2010

Eu e Ava estamos na revista Gloss de abril, capa da Isabeli Fontana, a convite de Sandra Soares, editora de comportamento. Fiquei superfeliz com o convite. Espero que gostem.


“Homens morrem crianças, mulheres nascem adultas”.

por Aggeo Simões

Esse aí em cima é o título do livro de auto-ajuda que eu, infelizmente, nunca vou escrever. Me veio à cabeça quando minha filha começou a dar banho, comidinha e beijos de boa noite em suas bonecas. De vez em quando a Luna, nossa cachorrinha, entra na dança. Se não fosse pela sua índole de monja tibetana, a coitada já tinha fugido há tempos.

Pois é, o que leva as meninas a brincarem tão cedo com sérias e trabalhosas obrigações futuras? Eu sei que hoje é meio démodé ficar evidenciando contrastes entre homens e mulheres, que é legal agora sermos como as ideologias políticas contemporâneas: sutilmente diferentes. Mas na infância essa diferença é gritante. Século XXI, e minha filha brinca de princesa-mamãe. Não nego que haja uma modernidade aí, porque o príncipe nem é mencionado.

Instinto. Como uma leoazinha que brinca de caçar, mulheres exercitam desde crianças a maternidade, tornando as coisas mais fáceis quando efetivamente viram mães. E tem outra. Eu, como pai solteiro, fico sempre impressionado com o sexto sentido materno, esse software nativo feminino que facilita demais a vida de vocês. Já vi uma mãe descolar os olhos de seu livro apenas um segundo antes do filho fazer uma besteira e conseguir alertá-lo, outra que desconfiou de uma babá só de olhar pra ela e depois descobriu que a moça tinha ficha mais suja que fralda usada, e ainda outra que acordou no meio da noite sem motivo, foi ao quarto de seu filho e encontrou-o ardendo em febre. Se vendessem o elixir do sexto sentido em farmácia acho que eu o compraria mais do que remédio pra nascer cabelo, se existisse também.

Essa falta de especialização não exime o pai de sua presença e responsabilidade, mas torna a tarefa mais trabalhosa pra nós. Enquanto eu e minha filha estivemos na praia, não consegui ler nem vinte páginas de um dos livros que levei, tinha que ficar alerta o tempo todo pra garantir que ela estivesse bem. Não tenho essa autoconfiança natural das mães. Claro que se eu tivesse esse “sexto sentido” bem aguçado também tentaria usá-lo em tarefas menos nobres como aplicar na Bolsa ou jogar na loteria. Mas uma parte da grana que eu ganhasse iria pra conta-poupança da minha pequena, juro.

domingo, 4 de abril de 2010

COMO NOSSOS PAIS?

Somos melhores pais que nossos pais. E nossos filhos serão melhores pais que nós, eu suponho. Não há problema em constatar que nossa percepção sobre os sentimentos das crianças e nossa preocupação com sua educação informativa e sentimental também evoluiu. As opiniões de avós, pais, parentes e amigos em faixas etárias mais avançadas não devem ser desconsideradas de cara, mas devem passar por nossa peneira antes de as tomarmos como verdade. Os parâmetros mudam. E isso sem desrespeito e sem que precisemos entrar em conflito com a geração que nos criou.

Lembro-me que no auge de alguns conflitos emocionais, lá pelos meus 12 anos, vi um cartoon na revista MAD, de um artista que sempre me influenciou muito, Al Jaffee, que dizia: Ser rico é: encontrar pelo menos um adulto que não te trata como uma criança idiota. E lá estava na ilustração uma menininha deitada em um divã, conversando com seu analista. Morri de inveja dela. Isso no final dos anos setenta. Hoje ninguém precisa ser rico para pagar um analista para sua criança e mesmo os mais leigos sabem considerar as opiniões e os conflitos dos pequenos. A cada dia a gente os trata como sempre quis ser tratado quando criança, quebrando um ciclo perverso que fazia com que os adultos repetissem, quando pais, abusos e desleixos sofridos por eles na infância. Certos questionamentos meus quando criança eram tratados como “invenção de moda” ou “chifre na cabeça de cavalo”, por mais importantes que fossem esses assuntos para mim.

A gente tem que distinguir os conceitos datados dos que ainda estão valendo. E isso é um mérito dos nossos pais por terem nos dado a capacidade de desenvolvermos esse discernimento. E nossos filhos irão com certeza agradecer por isso.

segunda-feira, 15 de março de 2010

DICAS LITERÁRIAS DE CAMILA

Como prometido, dicas literárias de Camila Pacheco, mãe dos gêmeos Carolina e Rafael, que só dormem depois que a mamãe saca um desses da estante e lê pra eles. Obrigado Camilinha.


Sete histórias para contar - Adriana Falcão e Ana Terra

Muito bom, adoro a história da menina que sentia uma dor azul todo final de tarde e de manhã ela sentia uma saudade lilás e a tarde um desejo prata de não sabe o que...

e a do piolho Godofredo que gostava de filosofia e se encantava pelos pensamentos das pessoas.


Mania de explicação - Adriana Falcão

Minhas explicações preferidas:

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.


Viva a música - Os gatos pelados - Tradução José Amaro

De onde vem o som e os instrumentos? Explicando música para crianças, ritmo e melodia numa brincadeira acompanhada por Pipo.


O quadro mais bonito do mundo - Miguel Óbelos e Roger Olms com arte de Joan Miró

Como pensa Miró? Uma viagem imaginária em busca das cinco manchas de tinta que fogem e colorem o mundo que passa.


O poeta aprendiz - Adriana Calcanhoto.

Mais um fruto daquela fase dela de fazer arte pra crianças. Bem legal.


Antologia de poesia brasileira para crianças - Ilustrações Teo Puebla

Lindíssimo. Uma boa forma de introduzir poesia para crianças. Tem Drummond, Henriqueta Lisboa, Fagundes Varela, Mario Quintana, Manuel Bandeira entre outros.


Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles

Sou suspeita para falar desse livro, sei de cor até hoje várias das poesias, mas confesso: a versão de quando eu era pequena era muitíssimo mais linda do que a atual. Se eu achar um Ou isto ou aquilo dos anos setenta, EU COMPRO.


Como começa? - Silvana Tavano e ilustrações de Elma.

Faz questionamento de onde vem as coisas e para onde vão. As ilustrações são belíssimas.


Um garoto chamado Roberto - Gabriel o pensador com ilustrações de Daniel Bueno

Sem preconceitos, gente. É um bom livro, às vezes parece que ele escreve como canta, não poderia ser diferente. História de um menino que tem seis dedos tentando se adaptar a um mundo onde as pessoas tem 5 dedos em cada mão.


Depois mando mais,

beijocas,

Camila

Veja 10 dicas de como sobreviver ao seu ex, neste Verão - Matéria de Flávia Azevedo para o correio 24h

O ideal é que a relação seja saudável. Nesse caso, parabéns ao ex-casal! Mas, pode não ser. E aí, vamos combinar um negócio? Neste Verão, q...