domingo, 29 de novembro de 2009

PROFISSIONAL X PAI














Quando me separei estava no pior momento financeiro da minha vida. E piorei. Demorei uns dois anos pra por as contas em ordem. Para isso trabalhei muito, economizei e por isso deixei de ficar alguns momentos importantes com minha pequena. Já ouvimos que muitas mães têm certa consciência culpada por passar mais tempo no trabalho de que com os filhos. E eu senti isso também em determinada época. Se isso acontecer de vez em quando, relaxe. Mas se você sentir indícios no comportamento de seu filho que ele precisa ficar mais tempo com você , algo precisa ser feito. Até os seis anos, a primeira infância, a gente realmente precisa abrir mão de algumas coisas para garantir que nossos filhos tenham os subsídios necessários para serem adultos bem resolvidos, independentes, de bom caráter. Escola não faz isso sozinha. Não consigo esquecer de um casal de pais numa reunião para conhecermos a nova escola de nossos filhos. Eles não queriam que escola passasse " para casas" porque não tinham tempo para ajudar os filhos. Achavam um absurdo pagar uma escola cara e ainda ter que ficar preocupados em ajudar no "para casa". Ficamos, eu e a ex, boquiabertos. Será que é comum alguns pais pensarem assim? Terem filhos e entregarem para outros criarem?

A partir dos sete, a sociedade (amigos principalmente) ganha um espaço na vida deles que é irreversível. O ideal seria que só à partir dessa época pudéssemos aumentar a nossa carga horária no trabalho. Sempre sem exageros. Mas conheço gente que tem emprego fixo e que conseguiu tirar duas manhãs por semana pra ficar em casa com a(s) cria(s) compensando no fim de semana, trabalhando em casa, ou até mesmo propondo aos empregadores diminuir-lhes um pouco o salário. E valeu a pena, de acordo com eles. Como já mencionei antes, até os seis anos, no mínimo, a criança absorve e forma muitos dos que são serão seus traços de caráter quando adulto. Lembrem-se daquele irmão, primo ou amigo cujos pais só apareciam para dar presentes e deixá-los fazer tudo o que queriam pra compensar a ausência cotidiana. Eles são pessoas legais e produtivas hoje?


Cada um sabe o que faz e o que pode fazer e seguir seus instintos funciona na maioria das vezes. E tem aquele lugar comum e certo: Qualidade é melhor que quantidade. Mas essa equação vai embora quando a quantidade é próxima de zero.

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